NUEVO CANTO DE AMOR
A STALINGRADO
Yo
escribí Yo escribí describí el luto y su metal morado,yo escribí sobre el cielo y la manzana,ahora escribo sobre Stalingrado. Yo toqué con mis manos la camisadel crepúsculo azul y derrotado:ahora toco el alba de la vidanaciendo con el sol de Stalingrado Guárdame un trozo de violenta espuma,guárdame un rifle, guárdame un arado,y que lo pongan en mi sepulturacon una espiga roja de tu estado,para que sepan, si hay alguna duda,que he muerto amándote y que me has amado,y si no he combatido en tu cinturadejo en tu honor esta granada oscura,este canto de amor a Stalingado.Pablo Neruda
COM O RUSSO EM BERLIM
O tempo que esperei não foi em vão.
Na rua, no telhado. Espera em casa.
No curral; na oficina: um dia entrar
com o russo em Berlim.
Minha boca fechada se crispava.
Ai tempo de ódio e mãos descompassadas.
Como lutar, sem armas, penetrando
com o russo em Berlim?
Pois também a palavra era proibida.
As bocas não diziam. Só os olhos
no retrato, no mapa. Só os olhos
com o russo em Berlim..........
Carlos Drummond de Andrade

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